terça-feira, 21 de agosto de 2012

RESUMOS DE ALGUNS ROMANCES DA 2ª FASE MODERNISTA ( PARTE 1 de 3)

1 - SÃO BERNARDO GRACILIANO RAMOS

Paulo Honório era um pobre homem do sertão. Aprendera a ler na cadeia quando o companheiro de cela lhe ensinou usando a bíblia. Trabalhara na enxada e, depois da prisão, queria ganhar dinheiro, não pensava mais na mulher que lhe causara a prisão, aprendeu matemática para não ser roubado. Percorria o sertão fazendo pequenos negócios. De alguns lugares partiu para não voltar devido a malandragens das negociatas. Instalou-se em Alagoas, planejava tomar pra si a terra onde trabalhara na enxada. O ex-patrão vivera em economias para fazer do filho, Luís, doutor; acabou morrendo e o filho não seguiu a profissão. Paulo se vez amigo dele e em pouco tempo já tinha lhe emprestado dinheiro, a propriedade estava um lixo. Luís não tinha como pagar a dívida e foi assim que, para quitá-la, Paulo o fez entregar as terras de São Bernardo a ele. Logo teve problemas com o vizinho Mendonça que teimava em andar com os limites de sua terra. Porém, logo ele morreu e novas fronteiras foram estabelecidas. Paulo iniciara vários projetos nas suas terras. Tinha a mineração, as galinhas, o gado, as terras cultivadas. Tornara-se um homem importante. Tinha influência e emprestava dinheiro. Certa vez, justamente por recusar um empréstimo, teve no jornal uma nota o chamando de assassino, uma insinuação à morte de Mendonça. Paulo reagiu com agressividade, pois não tinha nada a ver com o fato, depois tudo foi apaziguado. Com a visita de um governador a São Bernardo e seus questionamentos acerca do por que da ausência de uma escola nas terras, Paulo mandou que uma fosse erguida e Luís foi contratado como professor. Recebia muito pouco, mas Paulo não tratava bem seus empregados, muito menos se preocupava com salários justos. Depois de certo tempo veio nele a ideia de se casar. Era preciso ter um herdeiro. Foi assim que cortejou Madalena, uma professora da escola normal. O casamento nunca correu bem. Junto com Madalena veio sua tia, Madalena tinha ideia de certa forma socialista. Paulo, no entanto, era autoritário e não se interessava pela pobreza dos trabalhadores. Madalena engravidou e teve um menino. A pobre criança não era amada pelos pais e vivia solta na fazenda. Nesse tempo um ciúme cegou Paulo que acreditava que a esposa mantinha casos com todos os homens. Ao mesmo tempo se sentia um bruto impossível de ser amado por ela. A situação se tornou tensa dentro da casa. Ele detestava a tia de Madalena e muitas vezes ela dormia a chorar. Já Paulo passava as noites em claro em meio a suas dúvidas. Foi nesse contexto que Madalena acabou se suicidando. Daí para frente as coisas desandaram na fazenda. A tia de Madalena resolveu ir embora e Paulo deu a ela os ordenados que ficara devendo a sua esposa. Logo as produções feitas em São Bernardo perderam o valor. A pedreira estava fechada há um bom tempo, os bens cultivados não eram colhidos, pois não valia a pena o trabalho de colhê-los para depois vender ao preço absurdo que se achava na hora da venda. E os animais que eram criados morriam e se escasseavam aos poucos. Paulo Honório ficou então a terminar de escrever o livro que iniciara onde narrava a sua vida, não tendo nem mesmo o filho, já que por ele não tinha amor.

2 - VIDAS SECAS GRACILIANO RAMOS

Com a chegada da seca no sertão, Fabiano e sua esposa Sinhá Vitória, os dois filhos, o papagaio e a cachorra Baleia foram forçados a mudar. Caminharam por uma longa jornada na terrível seca. Antes que morressem de fome comeram o papagaio, seguindo a viagem o menino mais velho desmaiou, seguiram carregando o pequeno, foi assim que encontraram uma fazenda abandonada onde se instalaram. A seca acabou e Fabiano se acertou com o dono da fazenda. Era o vaqueiro daquela terra, logo houve uma ressurreição em todos e tudo. Os meninos, a cadela, Sinhá Vitória e o próprio Fabiano engordaram, na fazenda criaram porcos e bois.
Em um dia Fabiano foi até a cidade comprar o que faltava em casa, antes de ir embora resolveu tomar um copo de cachaça, se sentia por todos enganado acreditando que sempre lhe cobravam mais do que era certo, assim como o patrão que sempre lhe pagava menos com a história dos juros. Foi ai que um soldado amarelo apareceu e o chamou para um jogo de cartas, como o homem era autoridade, aceitou, mas logo após a primeira rodada foi embora. O soldado lhe seguiu o perturbando até que Fabiano enraivecido xingou a mãe dele. Com isso foi para cadeia. A ignorância que a pobreza lhe causara não permitiu que ele se explicasse e assim ganhou uma surra e uma noite na prisão. Mesmo assim a vida melhorara, Sinhá Vitória acreditava que para a felicidade ser praticamente completa bastava uma cama de verdade diferente daquela que possuíam, feita de varas que os incomodavam durante o sono. Os meninos apenas se divertiam no barreiro junto com a cachorra Baleia. O mais novo em uma tentativa de imitar o pai tentou montar um bode o que só lhe deu uma queda e humilhação por parte do irmão e de Baleia. E o menino mais novo, buscando o significado de inferno, apenas ficou chateado com a má vontade que lhe explicaram. O inverno chegou e a família se acalentava frente à fogueira onde travavam pequenas conversas primárias. O natal também chegou e com isto toda a família vestida de roupas novas que só lhes incomodavam foi à missa, tanta gente os assustava e com a lembrança nunca esquecida da injustiça aprontada pelo soldado amarelo, Fabiano bebeu e saiu a desafiar os homens. Acabou deitado na calçada tirando um cochilo, enquanto Sinhá Vitória fumava e os filhos brigavam com Baleia por ter desaparecido. Depois desses tempos Baleia adoeceu. Feridas apareceram, o pelo caiu e ela emagreceu. Fabiano decidiu matá-la de forma rápida que lhe poupasse o sofrimento. Sinhá Vitória se trancou com os filhos e tampou-lhes os ouvidos. Fabiano com um tiro feriu o traseiro da cachorrinha que assustada se arrastou até os juazeiros onde sem compreender morreu. Certo dia caminhando pela catinga Fabiano se encontrou com o soldado amarelo que nunca esquecera. Precipitou-se erguendo o facão, mas parou antes de ferir o homem. Viu como ele era um frouxo já que nem se aguentava de tanto tremer. Ficaram frente a frente até que o soldado viu que Fabiano recuara, perguntou-lhe o caminho, Fabiano respondeu tirando o chapéu. As trapaças do patrão o perturbavam e as contas de Sinhá Vitória sempre mostravam que eles estavam sendo enganados, mas quando foi reclamar o patrão se encheu de fúria e disse que ele podia ir embora, Fabiano perdeu o emprego. Fabiano desculpou-se e foi embora. Nesse contexto a seca voltava.
O bebedouro secava, o rio também, vinham ainda dezenas de pássaros que bebiam o pouco de água que restava aos bichos que emagreciam. Fabiano matava-os, mas eram muitos. Os que ele matava salgavam e guardavam. A seca chegou. Fabiano sabia que era hora de partir, de fugir, mas adiava. Foi então que matou o único bezerro que lhes pertenciam e salgaram junto a carne dos pássaros, trancaram a fazenda e partiram. Sem avisar. Fabiano se atormentava com as lembranças: o soldado amarelo, a cachorra Baleia, o cavalo que ficou pra morrer já que pertencia ao patrão e ele não podia levá-lo. Mas depois começaram a conversar e as léguas passaram sem nem verem, almoçaram e as esperanças de encontrar uma terra nova onde os filhos teriam futuros diferentes e eles um presente mais digno onde não precisariam fugir da seca, os levou embora.

3 - CAPITÃES DA AREIA JORGE AMADO

 PERSONAGENS:

ü  Dalva: prostituta conquistada por Gato;
ü  Dora: a primeira capitã de areia;       
ü  Gato: malandro;
ü  João Grande: o bom negro, segundo no comando (apenas atrás de Pedro Bala);
ü  Padre José Pedro: único que se relaciona com os Capitães de Areia;
ü  Pedro Bala: líder do grupo, de cabelos compridos e loiros;
ü  Pirulito: tem grande tendência religiosa;
ü  Professor: lê e desenha vorazmente;
ü  Querido-de-Deus: um capoeirista amigo do grupo;
ü  Sem-pernas: o garoto que serve de espião;

Os Capitães da Areia nos conta sobre um grupo de meninos de rua. O livro é dividido em   três partes. Antes delas, no entanto, via uma sequência de pseudo-reportagens, explica-se que os “Capitães da  Areia”   é   um   grupo   de   menores  abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Os únicos que se relacionam com eles são Padre José Pedro e uma mãe-de-santo. O Reformatório é um antro de crueldades e a polícia caçam-nos como os adultos.

A primeira parte em si, conta algumas histórias quase independentes sobre alguns dos principais Capitães da Areia (o grupo chegava a quase cem, morando num trapiche abandonado, mas tinha líderes). Pedro Bala, o líder, de  longos  cabelos loiros e uma cicatriz no rosto. Uma espécie de pai para os garotos, mesmo sendo   tão   jovem   quanto   os outros, e  depois descobre ser filho de um líder sindical morto  durante   uma   greve.  Volta  Seca,  afilhado de Lampião, que  tem   ódio  das autoridades e o desejo de se tornar cangaceiro; Professor, que lê e desenha vorazmente, sendo   muito  talentoso;  Gato, que com seu jeito malandro acaba conquistando uma prostituta,   Dalva;  Sem-Pernas, o  garoto   coxo  que   serve  de espião se  fingindo de órfão desamparado (e numa das casas que vai é bem acolhido, mas trai a família ainda assim, mesmo  sem querer fazê-lo de verdade). João Grande, o "negro bom" como diz  Pedro   Bala,  segundo    em   comando;  Querido-de-Deus  um capoeirista que é só amigo   do  grupo;   e  Pirulito, que tem grande   fervor religioso. O ápice da primeira parte vem em duas partes: quando os meninos se envolvem com um   carrossel   mambembe que chegou na cidade, e exercem sua meninice; e quando a varíola   ataca  a   cidade  e  acaba   matando  um  deles, mesmo com Padre José Pedro tentando ajudá-los e se encrencando por isso.

A segunda parte, "Noite da Grande Paz, da Grande Paz dos teus olhos", surge uma história de amor quando a menina Dora torna-se a primeira "Capitã da Areia", e mesmo que inicialmente os garotos tentem tomá-la a força, ela   se  torna como mãe e irmã para todos. (O homossexualismo é comum no grupo, mesmo que em dado momento Pedro  Bala tente  impedi-lo de continuar). Mas Professor e Pedro bala se apaixonam por ela, e Dora se apaixona por Pedro  Bala. Quando  Pedro  e ela são capturados (ela em pouco tempo passa a roubar como um dos meninos), eles são muito  castigados,  respectivamente no Reformatório e no Orfanato. Quando   escapam,  muito  enfraquecidos,  se  amam  pela primeira vez na  praia  e  ela   morre, marcando o começo do fim para os principais membros do grupo.
"Canção  da  Bahia,   Canção da   Liberdade", a    terceira   parte,  vai nos mostrando  a  desintegração dos   líderes.  Sem-Pernas  se mata antes de ser capturado   pela  polícia que odeia.
Professor parte   para   o   RJ   para   se   tornar   um   pintor de sucesso, entristecido com a morte de Dora. Gato se torna um malandro de verdade,  abandonando  eventualmente sua amante Dalva, e passando por Ilhéus; Pirulito se torna frade; Padre José Pedro finalmente consegue   uma paróquia    no interior, e vai para lá ajudar os desgarrados do rebanho do Sertão; Volta Seca se torna um cangaceiro do grupo de  Lampião e mata  mais  de  60 soldados antes  de  ser capturado e   condenado;  João  Grande  torna-se marinheiro; Querido-de-Deus continua sua vida de capoeirista e malandro; Pedro Bala, cada vez mais fascinado com as histórias de seu pai sindicalista,  vai  se  envolvendo com os doqueiros e finalmente os Capitães da Areia ajudam numa greve.  Pedro  Bala   abandona a liderança do grupo, mas antes os transforma numa espécie de grupo de choque. Assim Pedro Bala deixa de ser o líder dos Capitães de Areia e se torna um líder revolucionário comunista.

4 - DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS - JORGE AMADO


Modernismo de segunda fase. A história é dividida em 5 partes (cada uma aberta por uma lição de culinária de Flor, que é professora desta arte, com exceção da quarta parte, aberta por um programa para o concerto de Teodoro) e um intervalo.

A primeira parte começa com a morte de Vadinho em pleno Domingo de Carnaval. Vestido de baiana, Vadinho cai enquanto dançava e seu funeral é muito concorrido. Nele voltam as lembranças de todos sobre o falecido: os amigos de farra, as possíveis (prováveis) amantes, os conhecidos e principalmente da esposa, Flor. Flor lembra do marido infiel, cheio de lábia, espertalhão, jogador e malicioso que era Vadinho, mas ainda assim extremamente adorável. Na definição de um dos presentes no funeral, Vadinho "Era um porreta".
O anteriormente referido intervalo se trata da discussão que ocorreu na cidade sobre a autoria da elegia a Vadinho, poesia anônima picante.

A segunda parte passa-se durante o período de luto de Flor. Inconsolável com a morte de Vadinho, sua mãe volta para a cidade e a situação piora. Dona Rosilda é o mais perfeito modelo de sogra: odeia o genro, é chata, controladora, exibida e pretende sempre escalar na vida social. Passa a fazer intriga sobre o falecido ("era morte para festa") com várias beatas, enquanto algumas poucas defendem Vadinho (não seus atos) por ele ser uma pessoa excepcional (no sentido de incomum, não o de maravilhoso ou com deficiência mental). Assim em flashback é mais detalhado o passado do casal. A mãe de Flor queria que as filhas se casassem com homens ricos, e Vadinho apareceu. Eles se conheceram numa festa chique (Vadinho entrou de penetra, com a ajuda do tio) e começaram o namoro com a benção de Dona Rosilda, até que ela descobriu quem era o genro. Mais tarde Flor sai de casa e se casa (de azul, porque não teve coragem de por o branco) e começa o casamento. Vadinho é um marido ausente, sempre gastando o dinheiro (dos outros) no jogo e nas mulheres. Certa vez Flor quase adotou um menino que ela achava ser filho de Vadinho (Flor é estéril; o filho era do "xará"). E assim são mostrados os vários acontecimentos, em flashback, da vida matrimonial com aquele adorável cafajeste, generoso gastador, infiel e amantíssimo marido que era Vadinho. O capítulo acaba com Flor pondo flores sobre o túmulo do falecido, superando melhor o passamento dele.

A terceira parte é passada nos meses seguintes. Flor está mais alegre, apesar de manter ainda a fachada de viúva. Todas as beatas competem para achar-lhe um bom pretendente e quem aparece é Eduardo, o Príncipe, calhorda que enganava viúvas para roubar-lhes as economias. Descoberto, Flor passa a se retrair. Seu sono torna-se mais agitado, seu desejo cresce na medida em que ela deixa os homens fora de sua vida pessoal. Mas então o farmacêutico Teodoro Madureira, respeitado solteirão (ele ficara solteiro para cuidar da mãe paralítica, que morreu pouco antes), ele propõe casamento a Dona Flor e eles tem o mais casto dos noivados, nunca ficando juntos sozinhos. O capítulo acaba com o casamento de Flor, desta vez aprovado por sua mãe (que havia saído da cidade no começo do capítulo; nem as outras beatas aguentavam Dona Rozilda).

A quarta parte começa com a lua-de-mel de Dona Flor. Teodoro é diferente do falecido em tudo. Fiel (não compreende mesmo quando uma cliente da farmácia levanta o vestido BEM alto para tentá-lo), regular (sexo às quartas e sábados, bis aos sábados e facultativo às quartas) e inteligente, Teodoro trás a paz de volta à vida de Dona Flor. Teodoro toca fagote numa orquestra de amadores e o maestro compõem uma linda música para ela que Teodoro toca solo (o convite abre o capítulo) e no dia do aniversário de casamento, após os convidados partirem Flor vê Vadinho, nu como o viu na cama no dia de sua morte, a puxá-la e tentá-la. Ela se recusa naquele momento, fiel ao marido. Teodoro vai dormir e Vadinho sai logo depois, quando Flor ia procurá-lo. Começa aqui a parte do livro que o deixou famoso: Flor, Teodoro e Vadinho, vivendo em matrimônio ao mesmo tempo, Vadinho nu, invisível a todos menos Flor.

A quinta parte, que tornou famoso livro, filme, seriado e tantas quanto foram as adaptações desta obra, começa com o Vadinho vindo de volta dos mortos, tentando Flor. Flor sente-se dividida entre o esposo atual e Vadinho, mas este diz-lhe que não há por que o estar: são colegas, casados frente ao juiz e ao padre. Flor vai aos poucos perdendo a resistência e chega a encomendar um trabalho para mandar Vadinho de volta para onde estava. Enquanto isso se passa Vadinho vai manipulando as mesas de jogo, favorecendo velhos amigos, levando Pellanchi Moulas, rei do jogo em Salvador, ao desespero e a todos os "místicos" da Bahia para se livrar do azar. Vadinho só para quando seus amigos cansam (Mirandão, companheiro seu quando era vivo, para de jogar definitivamente, assustado com o repetir de vezes que caía nº 17, número de sorte de Vadinho). Por fim Dona Flor sucumbe a Vadinho e passam a viver harmoniosamente os três uma vida conjugal (mesmo que Teodoro não o saiba). Vadinho chega a fazer o milagre de expulsar a sogra quando ela chega de mala e cuia para ficar. Vadinho começa então a desaparecer e Flor se dá conta de que era por causa do feitiço por ela encomendado. Há uma batalha entre vários deuses contra Exu (identificado por alguns como sendo o diabo católico), que protege Vadinho. Quando Exu estava perdendo, o amor e a volúpia de Vadinho ganham a batalha.
A obra acaba com Flor andando feliz com Teodoro e Vadinho (nu, como sempre) ao seu lado, pelas ruas de Salvador.
Esta parte acentua duas características gerais da obra: a religiosidade que mistura ao mesmo tempo o catolicismo e o candomblé, pondo todas as figuras míticas das duas religiões junto e eficientemente simultâneas (algo como é a religiosidade baiana, já que Salvador tem mais igrejas que qualquer outra cidade do Brasil e ainda assim é centro das religiões de origem africana). A outra característica vem a ser o fato de que Vadinho e Teodoro são metáforas para o id e o superego, respectivamente. Vadinho é rebelde, impulsivo, espontâneo e dado ao caos (no seu caso, o jogo); Teodoro é metódico e controlado ("Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar" é seu lema, pendurado na farmácia). Assim, a imagem de Flor pacificamente com os dois, totalmente feliz, invoca o ideal de equilíbrio entre os dois.



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